Santa, pecadora... Olhar pra dentro é ver-se de verdade: enxergar os paradoxos e aceitar[si].

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Santa, pecadora, com o Amor na veia e a alma nas vísceras.

Contagem regressiva para Tainá pipocar!!!

terça-feira, 28 de abril de 2009

Onde se acostuma há costume. [Exercendo, somente, o direito a "vomitar".]

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Não me acostumei e não me acostumarei nunca (espero!) com oportunismo, egoísmo, malandragem no ambiente de trabalho. Não é assim que trabalho, não é assim que me vejo profissional. Aliás, nem mesmo tais características cabem no conceito de profissionalismo, para mim. Explico...

Eu tenho 2 empregos: na área clínica de saúde, outro na área jurídica. O mais antigo é o da saúde. Quando passei na suada seleção para o da jurídica foi uma conquista e tanto! Um complemento profissional que poucos têm, pois fui de um extremo a outro: antes -- há anos, eu trabalhei durante anos com criminosos; agora, com vítimas de crime. Tem noção de quantos profissionais psicólogos têm no curriculum essa experiência?! Ínfimos! Mas, eu sou um deles. E falo em nível de Brasil, mesmo. Enfim... Mas tudo tem que ter uma condição, e a que me impuseram foi que eu deveria trabalhar num turno que já ocupava no outro. Bem, eu fui ao outro, solicitei troca de horário sem prejudicar/sacrificar ninguém e me concederam há quase um ano. Ainda assim, com respeito a demanda, eu conservei um dia da semana no mesmo horário que estava antes.

Hoje, chegando no trabalho, recebi o recado para ir ao Setor Pessoal. E lá, com um texto meio de imposição, me perguntaram qual era o meu horário e disseram que eu tinha que mudar (voltar pro anterior). Aí, eu expliquei, ou melhor, recordei o acordo que fiz à época, onde minha justificativa era uma outra ocupação trabalhista. Tá; tudo certo. Ok. Mas por que será que meu sangue ferveu?! Por quê?! Explico...

A minha “doce” colega de trabalho (psicóloga, também) chegou lá na clínica depois de mim e pediu para trocar o meu horário com ela, à época justificando outra ocupação trabalhista. Tudo bem, as pessoas precisam trabalhar. Só que, tempos depois descobri que não tinha outra ocupação coisa nenhuma. Ok, eu já tava lá trabalhando, com pacientes agendados, não tinha nada que atrapalhasse aquele horário... Fiquei como tava. De uns tempos pra cá as justificativas dela para faltas, licenças, atrasos e saídas antecipadas são “os filhos”. E o texto quando a seção “lamúria” se instala entre os colegas é: “Porque você ainda não tem filhos, Ana. Quando tiver vai sabe porque muda tudo!” . Eu sempre achei isso tosco, mas respeito e fico na minha (todo mundo tem direito a se dar desculpas e eu não faço terapia de graça com ninguém, certo?). Mas, se fosse debater mesmo, eu também tenho lá meus “filhos”, que são duas “crianças” de 77 e 79 anos de idade, com mais complicações de saúde que muita criancinha de 3, 4 aninhos! Só não uso eles pra faltar deliberadamente; mas sim, quando é, realmente, necessário.

Mas, ok. Vamos em frente...

“Ah! Olhe para isso! Uma licença, ‘amiga’. Eu ando ‘mal’! Tô com uma arritmia, pressão alta, coluna. Preciso descansar!!!”. Na minha estava e continuava. Não sou do S.P., ué! Se bem que, pressão alta se controla com remédio e dieta, arritmia com remédio, coluna com fisioterapia, algumas adaptações e medicamento... Ou todo mundo que tem isso (e precisa trabalhar sentado) tem que se aposentar?! [ri e rio litros por dentro]

Mas, depois de hoje... Quer saber? Se poque! Se dane! Quer virar muro de lamentações pra conseguir o que quer? Vá a merda! Quando pedi pra atender na sala dela uma vez um idoso com obesidade a resposta foi “não dá”, sem nenhuma justificativa plausível! E eu que seja feita de pingue-e-pongue pra satisfazer o belprazer da poimeza?! Banana e pqp!!! Acostumei mal, mas desacostumo! As pessoas precisam saber seus limites, até onde podem ir com os outros e, principalmente, que ser boa parceira de trabalho não é sinônimo de ser troucha!!!

Falei e tenho dito. PoiZé!

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4 comentários:

Anne disse...

Pelamor, heim? Folgada só um pouco essa sua colega de trabalho... esse papo de "vc nao tem filhos" é pra matar tb! Filhos nao sao muletas para certas coisas. Existe o direito e existe o abuso tb...
Mas, Paulinha, eu sou muuuuito mais vc, sabia???

A MO - TE
Saudade de ti!
Bjos

Achados&Perdidos disse...

Por a mão na merda é costume de quem joga sujo. Seu naipe não é esse, e portanto, manter distância vigiada é politica...

Mas cuidado, porque a passividade faz a boca torta, e o que está concentrado fermenta com cheiro insuportável...

Madalena Barranco disse...

Você está certíssima dona Maçãzinha!!

Normalmente ninguém nos respeita se não impomos com educação e firmeza os nossos limites."Problemas" todos temos... E eu que o diga, que passei junto com minha família o sofrimento da internação de meu pai de 91 anos e seu falecimento após 5 meses... E agora vivo com minha mãezinha de 80 anos, que graças a Deus tem saúde, mas é a minha "criança". Por isso, querida, eu te entendo perfeitamente.

Permaneça em seu lugar, cedendo apenas para o necessário.

Beijos, carinho
Dona Moranguinha

Elvira Carvalho disse...

Em Portugal existe um ditado popular, que diz que "Quanto mais agente se abaixa, mais se lhe vê o traseiro."
Deixo um abraço e votos de bom feriado e bom fim-de-semana.