Santa, pecadora... Olhar pra dentro é ver-se de verdade: enxergar os paradoxos e aceitar[si].

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Santa, pecadora, com o Amor na veia e a alma nas vísceras.

Contagem regressiva para Tainá pipocar!!!

domingo, 9 de março de 2008

O Amor é tudo; a dúvida, também.

Ao tom de "All is Full of Love" - Björk.


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Somos mais felizes quando arriscamos ou quando calculamos nossos riscos sempre? Acredito que não há crescimento sem escolhas erradas; sem experiências que nos decepcionem; sem perdas, sem lágrimas. No Amor não é diferente. O amor quer perpetuar o desejo, mas o desejo não aceita as correntes do amor. E os laços que (n)os unem são os mesmos que servem para (n)os separar. Difícil lidar com isso!

Entre o desejo e aquela sensação que permite olhar a vida e as obrigações como se fossem quadros pintados à mão, como quem anda em meio ao caos da cidade com a serenidade e o descanso de quem está ao pé de uma árvore frondosa, embalando-se pelo som hipnotizante do lugar; essa sensação é muito desejada, mas o desejo não aceita se limitar só a ela. Mas como haver harmonia entre o real e o ideal, se nem mesmo a vontade nos garante a realização do nosso querer?

Se a vida é oposição - paradoxo – contrariamente, eu quero unificação nela. Quero levantar para trabalhar com o prazer de quem vai a um piquenique de sonho. Quero poder olhar para alguém como olho para a inocência que me é percebida – um olhar de ternura enternecida, que só eu sei. Eu quero vida compartilhada na intimidade preservada. Quero me entregar ao efêmero na segurança de que ele só o é porque tudo é passagem, e nada mais. Eu quero ter o direito de viver sem me exigir por completo; mas, sem me dispersar por completo. Eu tenho vontade de desejo. E isso não representa fim, mas sim, começo.

No entanto, a vontade não nos garante a realização do que quer que seja, mas se não formos nós a acreditar e a lutar, quem o fará por nós? Só a cada um cabe a responsabilidade de encarar a obrigação sem amarras. De se dispor ao infinito sem desconforto de não poder voar literalmente. De abraçar o vento sem a sofreguidão de não acompanhá-lo. Pois, assim são feitos os sonhos, e são eles que alimentam a alma saciando a fome do querer e nutrindo os contínuos tanto quanto as pausas. Somos o que sonhamos!

Sendo assim, se a vida só vale quando colorida por nós mesmos com os tons que ela nos apresenta, eu quero poder um dia – quando partir – dizer intimamente: fui um tudo limitado, mas plenamente; vivi. Porque na (minha) vida o Amor é tudo; a dúvida também. E as certezas? Certezas são coisas só nossas – muito nossas, e de mais ninguém.

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[Imagem by "pai"Google]
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Beijos precisos de mim.

17 comentários:

Paula Calixto disse...

Em ser livre no desejo e no gozo, consiste o meu eternizar, que nem eu consigo mensurar, se é que é cabível entender.

Beijos nim tudo.

Paula Barros disse...

Muito interessante o texto. Para fazer pensar e refletir. E isso eu gosto demais.
beijos e boa semana

Sig Mundi disse...

Acreditando e lutando sempre! Amei seu post!

bjs, andrea

Letícia Losekann Coelho disse...

Paula,
como sempre amei te ler!! Sobre os "riscos", sabe que quando paro para calcular as probilidades de uma coisa dar certo ou não sempre desisto? As vezes faço no "peito e na raça" para ver o que dá...Nem sempre tenho "sucesso", mas daí sei que foi por conta e risco...
Beijos lindona bom início de semana

Diego. disse...

hehehehe somos felizes quando a situação nos satisfaz, acho que pouco importam os meios!

"Certezas são coisas só nossas – muito nossas, e de mais ninguém."

Muita pertinência nesta frase!

bj

Marcelo disse...

Reflexão sábia e verdadeira, Paulinha.
Não existe crescimento sem escolhas erradas.
O problema é que a maioria das pessoas temem a dor do amort e, portanto, procuram fechar seus corações À novas paixões.
Isso é triste porque nem sempre o que aconteceu em relacionamentos passados vai, necessariamente, acontecer nos novos.
Eles esquecem que crescemos com nossos erros.
Do que adianta aprender e não colocar esse aprendizado em prática, não?

Beijos, menina.

Drica Menezes disse...

"Somos mais felizes quando arriscamos ou quando calculamos nossos riscos sempre?" acho q esta é uma pergunta mto complicada....pq ao nos arriscarmos nos aventuramos, nos permitimos viver e adoro isto, hehehhe! mas ao NÃO arriscarmos ficamos com hipoteses somente do q poderia ou nao ter sido....então acho q devemos arriscar....e assim viver! bjao! :D

Anônimo disse...

Errar é preciso. Aprendemos com o erros. Se tivéssemos certeza que todas as nossas experiências seria felizes, não precisaríamos das experiências .
Bj.

Lis. disse...

Só o amor é capaz fazer com que tiremos o pé do chão. Eu, particularmente sou sem amor um pássaro de asa cortada.

É lógico que as posições se alteram, e que para tudo tem que haver um motivo que nos impulsione diante das nossas realizações.

Eu, como homem, gosto de me sentir um Deus, admirado por uma mulher que me fascina todos os dias.

Será que isso é um "Ego" machista?

(Sorriso).

Mário Margaride disse...

Concordo plenamente.
Não há efectivamente devenvolvimento, nem crescimento, sem erros, sem escolhas nemos acertadas. São exactamentes esses erros, essas escolhas menos felizes. Que nos levam a reflectir no que correu mal, e naturalmente aprendermos, com esses erros cometidos.

Belo texto de reflexão!

Boa semana

Beijinhos...

Thiago Kuerques disse...

Nem nada foi cabível que não me emergisse tristeza e alegria misturadas e anuladas. Ou seja, nada.
Beijos

Rui Caetano disse...

Um texto para ler e reler.

Maria Laura disse...

Eu gosto de arriscar. De alguma forma crescemos sempre com os riscos que assumimos.
Bom texto.

osátiro disse...

A felicidade e o risco andam associados.Quando se quer mesmo, o risco é inerente...

Carmim disse...

Precisamos das coisas más para aprender a valorizar as boas. E é próprio do ser humano evoluir, errar, aprender...
Ter certezas não nos torna necessariamente mais felizes.

Beijos.

un dress disse...

amor e dúvida: sempre juntos mas nem por isso MENOS...:)







abraÇo.beijO

Paula Calixto disse...

Admito: um texto pra ler, reler e ficar refletindo. Respostas ele não pretende dar. O que ele pretende é isso mesmo: fazer pensar. (;

E as respostas quem dá é a Vida de cada um em cada um. (;

Beijos, lindezas.