O colorido do cinza

Em dias de cor-cinza, onde a alma vira névoa e

as vísceras explodem seu carmim,

o ar transmuta sua atmosfera

em algodão, o azul fica sereno

e a chuva é que brilha

sem fim.

Em dias de cor-cinza

não adianta a sombra, nem a sombrinha

não adianta a fuga,

nem os pára-raios

arranhando o céu.

Em dias de cor-cinza

O inter-céu relampeja;

prelúdio do remate que incide o restaurar

de uma alma colorida.

Em dias de cor-cinza

a névoa esmaece,

a nitidez nebulosa de quem sabe que

não
sabe nada,

para afogar-se em si.

Porque

em dias de cor-cinza

a vida é bravia e

a morte é finda,

num sereno-tempestivo,

re-incidir

o colo[rir].

[Imagens 1, 2, 3 e 5 by "paiGoogle"

Imagem 4 by arquivo pessoal Paula Calixto.]

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Beijos coloridos de cinza.