Santa, pecadora... Olhar pra dentro é ver-se de verdade: enxergar os paradoxos e aceitar[si].

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Santa, pecadora, com o Amor na veia e a alma nas vísceras.

Contagem regressiva para Tainá pipocar!!!

quinta-feira, 10 de maio de 2007

O meu prisma sou eu mesma!



No meu caso, concentrar no que está distante e ausente é sair do prumo. O ausente, o distante pode estar ao meu lado, mas não está em mim em sua plenitude. Não encarar essa realidade é negar a condição real de individualidade que todos temos! Portanto, na minha situação de vida (em quase todos os aspectos) concentrar no que não me é, é me perder de vista! E eu não posso me empenhar em ser plena assumindo a condição de ser no/do outro como ponto primordial (ponto de partida).

Estar com o outro é uma coisa.

Vivenciar com o outro é essencial!

Conquistas são realizações partidas de nossos sonhos. É transformar o ideal em possível. Mas, apesar de sonhar ser algo saudável, não se pode viver no futuro. O momento é o presente. É aqui que plantamos nossas sementes. Pra crescer e dar frutos há um longo percurso! O empenho em cada fase é necessário e cada fase deve ter a concentração de quem germina no presente.

Trocas são engrandecimentos. Compartilhar é preciso. Permitir-se mostar o que se tem por dentro é necessário e é ser verdadeiro.

Mas, a medida que se confunde o eu com o outro as cobranças castradoras se instalam e o declíneo surge.

O relacionar-se é liberdade estando com o outro naquele momento e na vivência. Não há liberdade sem respeito à individualidade. Em um relacionamento isso é difícil porque o envolvimento trás o apego, o afeto... e a qualquer possibilidade de um afastamento, dum término na relação, a insegurança dá vazão à possibilidade da perda e do sofrimento. E começa o jogo do "eu tenho" no lugar do "eu compartilho". Disso pra se confundir o eu estou com o eu sou é um pulo! Pois o eu sou está intimamente ligado a sensação de que possuimos. Ora, a única fonte de ter em ser está no nosso ítimo! Ser está em nós.[só isso temos]

Estar com é diferente de ter. Em trocas verdadeiras e positivas a posse não é benéfica. Embora, as relações (sejam de amizade, ou amorosas - íntimas) tendam com o passar do tempo - através do compartilhar - se vestir de uma máscara, que por trás significa controlar, cobrar, exigir... as relações positivas, neste caso, perdem em sua essência algo primordial: o respeito à individualidade.

É natural isso no ser humano. Nós somos ensinados a ter. E acabamos por transferir isso pras nossas relações porque também não somos ensinados a lidar com a presença da perda.

Por isso é tão difícil lidar com a morte: porque ela nada mais é que a maior de todas as perdas!

Cada vez que algo, o qual julgávamos tínhamos se vai, nos escapa, dá lugar ao término temos a vivência de uma morte em nossas vidas. E isso não é fácil! A concentração no outro (seja o que for que isso represente... relação amorosa, emprego, família...) vira, por vezes dissimuladamente, de modo disfarçado, um investimento em se evitar mais uma perda. Torna-se o ponto de investimento de energia evitar o inevitável. Pois, a vida em si tem o aspecto de perenidade, de ser efêmera. Isso é complicado de lidar: com a realidade de ser em si perene.

A única fonte possível de eternidade pessoal está dentro de si. Isso pode dar a sensação de vazio. Mas, por mais complicado que seja, ser eterno sendo perecível é nossa única possibilidade. E isso só é possível se, antes de tudo, estivermos sempre em nós mesmos!

Passado, futuro, o(s) outro(s) são referências profundas de onde/com/como estivemos, queremos estar. Mas só referências!

Viver, dentre outras coisas, é um aprendizado constante de lidar com o inevitável e vigiar nossa fonte de expectativa. Pois, esta deve estar dentro de nós mesmos!!!

Eu tenho a consciência de que me apresentar para alguém em forma de ausência corro o risco de término, de perda. Mas entender e lidar com tudo isso é permitir ser-estando da forma mais adequada. Embora a dor de saber que não se tem se instale em mim ou no outro. Dor também faz parte da vida e nem sempre é malefício! Só sente dor quem está vivo!!! E, nesse texto, se ela se apresenta... sua relação é com crescimento.

Não sou gestaltista. A minha abordagem de orientação é a psicanálise. Por incrível que pareça, o objetivo dela está nisso. Não é a toa que a partir dela surgiram todas as outras idéias. Questão de entendimento.


Beijos


3 comentários:

Anônimo disse...

problema eh homem aceitah independência feminina. els dizem q n gostam d grude ms qndo a gente n curti tb els ficm cm pulga atras d orelha.hahahaha amizde entaum.... nem pensar em ficah longe !!
xero amor

Carmim disse...

Quem espera encontrar no outro as respostas e soluções para as suas carências e medos, dificilmente conseguirá ser, ou fazer o outro feliz.
Concordo, nenhuma boa relação funciona com base na posse. Julgar que possuímos alguém é mera ilusão, ninguém é de ninguém, mesmo quando se ama alguém.
Penso que nunca caí nesse erro. Como se costuma dizer: sou bem feliz só comigo. Só assim posso fazer alguém feliz, não por necessitar que alguém me compense, mas porque o amor é complemento, partilha, soma... acredito que as relações saudáveis nos acrescentam algo, sem que jamais percamos a nossa essência.

Beijos

Mário Margaride disse...

Olá,

As respostas aos nossos medos, anseios, e carências afectivas. Estão na minha perspectiva dentro de nós. Quando perdemos a auto-estima, deixamos de acreditar nas nossas capacidades, deixamos de acreditar em nós. Dificilmente aceitamos o outro, os seus afectos, o seu amor...Se pelo contrário. Abrirmos o nosso coração, deixamos entrar a amizade, depois o amor. Aí sim. Haverá uma porta aberta para a felicidade.

Gostei muito deste texto!

Beijinhos