Santa, pecadora... Olhar pra dentro é ver-se de verdade: enxergar os paradoxos e aceitar[si].

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Santa, pecadora, com o Amor na veia e a alma nas vísceras.

Contagem regressiva para Tainá pipocar!!!

segunda-feira, 23 de abril de 2007

Sobre relacionamentos


"Não, nunca sumi de um relacionamento. Todos os meus relacionamentos acabaram mesmo, aos poucos, sofridamente, com idas e vindas que anunciavam um fim que não chegava nunca. Isso não me torna melhor ou pior do que ninguém. Acho igualmente nobre, perverso e fútil tanto aquele que sai para comprar cigarros e não volta mais, quanto quem se agarra desesperadamente a um amor morto, mas ainda morno.



De certo modo, até invejo os que são capazes de sumir, desaparecer no ar sem dar notícias. Digo "de certo modo" porque é a mesma inveja preguiçosa e sonsa que sinto de quem pega onda ou sabe ganhar dinheiro no mercado financeiro: não moverei uma palha para me tornar um igual.




Também nunca houve uma razão assim tão exata ou tão vulgar para que um relacionamento terminasse. Aliás, nenhum relacionamento acaba, mas vai se acabando pela soma de pequenas razões quase invisíveis, que vão se acumulando, acumulando - como a gordura num coração doente. Uma palavra aqui, outra ali; um gesto, uma ausência, um fato... Só de lembrar pode doer.




Por outro lado, quando se trata de "ex-possíveis relacionamentos", "ficantes" que melhor seriam definidas como "passantes", recorre-se com facilidade a argumentos simplórios para explicar um afastamento. Impossível elevá-los a condição de causa: são mera justificativa retórica, sem nenhuma densidade que se oferece aos outros. Porque o não gostar é tão insondável quanto o gostar - só dói menos. Não fosse assim, terreno marcado por diferenças e constrastes inexplicáveis e ininteligíveis, se o amor fosse, enfim, sempre igualmente intenso e fácil, nem sequer existiria. Se desse no mesmo fazer sexo com qualquer pessoa, acabaríamos não fazendo sexo com ninguém. Porque o amor é essa busca do raro, do que está além. Sexo ou amor não os distingo: cada um faz sexo com o amor que tem, não pelo outro, mas dentro de si. Exatamente por isso ele é tão vário.




Então, para resumir: um relacionamento longo acaba em geral pelo acúmulo de incontáveis detalhes pequeniníssimos; e um relacionamento não anda por uma profunda antipatia que jamais se conseguirá explicar de fato."
[Lindo texto! Não é meu, mas é o que sinto, também.]





"As histórias de amor deviam ter sempre um final feliz.
Melhor, o amor nunca deveria ter fim.

Talvez ainda melhor, quem se ama não devia estar separado.
Melhor melhor, era não haver amores não correspondidos.
E ainda melhor que melhor, era eu estar perto de ti.
De mãos coladas a ti.
De lábios selados nos teus.

De olhos perdidos nos teus.
De corpo enrolado no teu.

De alma presa na tua.
De pensamento cruzado no teu.

De respiração dependente da tua.
Melhor era eu ter-te ao meu lado.
Era eu amar-te e ser amado.
Desejar e ser desejado.

Olhar e ser olhado.
Tocar e ser tocado.
Beijar e ser beijado.

Melhor, melhor era eu acreditar em finais felizes.
Em amores correspondidos.
Em amor sem distãncias.

Em mãos coladas.
Em almas presas.
Em corpos enrolados.

Em mim.
Em ti.
Em nós."


E TUDO ISSO... AINDA É POSSÍVEL, PARA MIM!!!

EU VIVO EM POSSIBILIDADES.


Um comentário:

Anônimo disse...

Adorei o texto, as fotos, o significado todo seu e de tanta gente!!!!!! Até pra copiar algo tem q se ter elegância. Virei leitora assídua. Pronto!rs

Xero no coração