Santa, pecadora... Olhar pra dentro é ver-se de verdade: enxergar os paradoxos e aceitar[si].

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Santa, pecadora, com o Amor na veia e a alma nas vísceras.

Contagem regressiva para Tainá pipocar!!!

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Um mundo redondo de pessoas quadradas.

Bom, isso é mais que um desabafo. É uma singela reflexão do "estranho mundo da Paula" dos últimos meses.

A minha gravidez não é de alto risco, mas é de risco. Debaixo dos meus 37 anos eu não tenho mais o pique de uma menininha de 17, 20, 30 aninhos. Além disso, as exigências desse mundo globalizado ferozmente, onde trabalho e trabalho e trabalho... aumentaram o ritmo na minha vida nos últimos dois anos (graças a Deus e a mim! Amém!), estudar é algo imprescindível para prevenir até Alzaime*. risos... Mas, nessa fase cansa mais.

O interessante é que estado de felicidade deve incomodar as pessoas, só pode. Além de que, só agora percebi: certas coisas não bastam! O respeito, por exemplo, mas sim tem que estar no lugar do outro literalmente. Explico:

Antes de ficar grávida eu respeitava os privilégios (privilégios? :o) que mulheres grávidas tinham apoiadas na Lei. Mas, claro, me incomodava comigo mesmo ter que ceder algums minutos do meu precioso tempo a elas nas filas da vida. Porém, nunca deixei de dar lugar e até chamar pra frente quando via uma, assim como idosos e deficientes. Mas depois que engravidei comecei a sentir na pele os olhares de desdém de alguns "inquilinos deste mundo". Assim como a falta... não diria de compreensão, mas de algo que falta, sei lá... risos... em algumas pessoas no próprio ambiente de trabalho. Percebe-se no olhar, na exigência de um ritimo de rendimento que não posso, momentaneamente, corresponder não por incompetência intelectual, mas física mesmo!

Dirigir tem sido difícil, andar de ônibus é pior ainda devido ao tempo que não existe pra almoçar entre um trabalho e outro até chegar no ponto e esperar pra tomar um ônibus, ficar sentada em frente ao pc também e preciso levantar algumas vezes o que me faz perder um pouco o foco do que digito, canso - minha respiração fica ofegante, meus pés já estão inchando e tenho sentido umas dores feito pontadas no pé da barriga quando ando mais que anteriormente.

Mas, como fazer as pessoas entenderem sem parecer que estou fazendo corpo-mole? Como fazer as pessoas respeitarem a própria estabilidade de emprego dada Legalmente, sem que as pessoas entendam isso como oportunismo e fiquem só na espera de voltar da licença para dispensar do trabalho?

Eis algumas inseguranças que grávidas passam.

Fora que, meu companheiro também pensa por vezes que tudo é um mero exagero. risos... E cheguei a conclusão de que homem não engravida não é a toa!kkkkkkkk...

Tudo isso tem me dado medo de falar, comentar sobre os sintomas que venho tendo. Se vou à urgência, na mioria da vezes de uns tempos pra cá vou sozinha, caladinha e faço os exames que tenho que fazer e assim me sinto melhor, menos julgada até quando saio de lá com o alívio de que tá tudo bem, porque parece que isso é um pecado para algumas pessoas: ir ao médico e estar tudo bem. Não tenho escrito em blogues, participo de poucos debates sobre o assunto e quase nunca falo na íntegra dos meus sintomas para não correr o risco de me expor e ser julgada. A não ser para minha médica, lógico!

O que eu quero dizer com tudo isso que escrevo sobre um pouco dessa minha aventura-prenhez é que: grávidas não precisam de mimo, mas de solidariedade! Tão simples quanto as voltas que o mundo dá. [e como dá!]

Beijos e espero que entendam a ausência por aqui.

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