Santa, pecadora... Olhar pra dentro é ver-se de verdade: enxergar os paradoxos e aceitar[si].

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Santa, pecadora, com o Amor na veia e a alma nas vísceras.

Contagem regressiva para Tainá pipocar!!!

sábado, 31 de janeiro de 2009

A gente tem o relacionamento que a gente quer, de fato. Fato!



[Ao tom de "What You Need" -- by INXS]





Esta semana eu fiquei “fula-da-vida” quando li um recadinho suspeito na página de scrap do meu namorado. Não era de alguma menina, era de um amigo dele, que há um bom tempo ele não vê, perguntando se eu era “aquela Ana de quem ele tanto falou pra ele”. No início fiquei curiosa pra saber quem era [eu?]”Ana” e o que ele tinha falado. Mas, depois que vi o scrap sumir “do nada” o botão do “nóihômetro” disparou em alerta! [risos] No msn eu comecei a desabafar com um amigo, o qual, me deu trocentos conselhos “em vão”, tadinho. [risos] Eu estava disposta mesmo a ter aquela “conversinha” com my dear-love , mas de um jeito que ele não esperasse, é claro!kkkkkkkkkk... Foi quando me dei conta (depois de umas duas horas de relógio! kkkk...) o quanto a maturidade, talvez, revoluciona!

Há alguns anos atrás eu teria ligado na mesma hora e faria um interrogatório, ou, colocaria um depo sobre o fato. Não. Eu teria ligado mesmo![risos] Há alguns anos a mais,(se o Orkut existisse, claro!) eu teria deixado um scrap mau-criado e ligado logo em seguida, bem desaforada!kkkk... Há muito mais que uns anos [risos] eu iria bater onde ele estivesse pra tomar satisfações. [que vergonha! risos] Há anos-luz em algum lugar do passado, ele não duraria nem um mês![rindo litros! kkkk...] Mas, nos tempos atuais?! Nem mencionei o ocorrido! Nhá! :)))

Fiquei boba, regredi?! Não sei. Fiquei madura, progredi?! Sei lá! Só percebo que certas coisas, para mim, por mais que me aborreçam de relance, são, meramente, dispensáveis.

Ontem, assistindo a uma reprise de um filmeco sobre relacionamentos e coisas que uma mulher deve fazer pra perder ele num curto espaço de tempo, ao contrário de muita gente que conheço, a grande metáfora do filme, pra mim, foi: O quanto você se dispõe a ter um relacionamento?

Ora, se o personagem do Matthew McConaughey não se dispusesse em ganhar a aposta de conquistar a garota em dez dias, ele não teria nem visto (enxergado) ela! Embora as motivações conscientes fossem de outra ordem, provavelmente, se eles não estivessem abertos, se não desejassem no fundo, no fundo, se relacionar com alguém nem teriam se encontrado.

Aquele lance de que “se você quer uma relação (transa), ou seja, algo casual por ‘uma’ noite apenas, não precisa procurar muito: você encontra um parceiro a cada esquina; mas, se você quer um relacionamento mesmo: são outros ‘quinhentos’ -- porque nem todo mundo é pra você, e vice-e-versa” nunca foi tão claro pra mim!

Relacionamento exige mudança de paradigmas, de posição, de ver pelos olhos do outro e de que ele esteja pré-disposto a isso, também. Exige concentração, nitidez no foco, clareza do que se queira e demonstração de cumplicidade nisso. Exige empenho, desejo, vontade, querer, estar aberto para tudo isso e aquilo. Exige pré-disposição em se relacionar com alguém no fundo desse alguém, e pré-disposição em deixar-se ser visto a fundo por esse alguém. Exige uma pré-disposição-tranqüila (“de boa”) em estar com alguém mergulhando num universo que não se conhece, tanto quanto, em deixar que esse alguém mergulhe no nosso universo. Relacionamento exige uma pré-disposição em deixar ser eterno enquanto dure, no sentido literal dos verbos. Enfim, relacionamento exige estar pré-disposto a aventura, ao contrário do que se costuma pensar.

Sim, muitas pessoas diriam: “aventura?!”. Sim: A-V-E-N-T-U-R-A! Pois, não há aventura, de fato, numa relação onde o tempo que começa e finda é quase perfeitamente exato, como em algo puramente casual -- se é que existe a pré-disposição a casualidade, de fato.

Então, o primeiro [re]quesito para essa aventura é desvendar o que você quer, exata-mente. Porque, quando se engaja nessa, você poderá não se reconhecer com o passar do tempo. O que pode ser muito bom se sentir mais leve, sem bagagens desnecessárias, sem destino prévio. Mas com a vontade focada no que se deseja, junto à certeza da imprevisibilidade. Enxergando tudo o que precisa e importa ser enxergado.

Fato!


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[Imagem "Intimidade" de Rafael Rodrigues,

by 1000imagens.com]

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Beijos enfáticos.

6 comentários:

Paula Calixto disse...

[...]

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Beijos nim tudo.

Diego. disse...

estar seria uma parte do ser, sinta-se bom estando ao lado de que quer que seja, da maneira de vocês!

bjs

Caroline Rodrigues disse...

Paula,

Para mim, tem sido mais fácil TER CONSCIÊNCIA de algumas coisas num relacionamento do que FAZER, TOMAR ATITUDES. Ainda tenho muuuuuuuuito a aprender, a conquistar.

A paciência, por exemplo, é uma meta este ano. PAciência comigo, paciência para tomar atitudes e resolver conflitos, internos e externos.

Ou você nasce paciente, ou você se torna paciente com a maturidade. Como a atitude que você teve com o namorado - pensou antes de fazer, teve paciência consigo mesma, refletiu e viu que aquilo era pura bobagem.

Sabe, às vezes sacrificamos relações por conta de estupidez, insensatez.

A gente pode sim ter o relacionamento que quiser, mas também depende do outro com quem nos relacionamos. E, até chegar a saber que este ou aquele é o relacionamento que a gente não quer, temos de experimentar. E nos entregar! Mesmo que depois soframos... Vale a pena viver cada história. Não vale a pena sofrer e sobreviver em relacionamentos fracassados e ilusões de qualquer tipo.

Um bom resto de domingo!

PS: acho que eu disse mais coisas pra mim do que pra vc. rs. CATARSE!

Mila Cardozo disse...

Sempre digo que tu és sábia... E desta vez... Sua sapiencia veio de forma palatável... tangível... sem enigmas... sem fazer pensar horas... Foi aquela sapiencia que bate na sua cara e te faz besta de tão real...
Esta é a Ana... é a Maça do Topo....
Beijos e reverências...
Mila

Pedro Gobett disse...

É interessante tocar no ponto da AVENTURA, Paula, porque ela nos remete ao inusitado do encontro, ao acaso, ao surpresivo que um relacionamento nos propõe. Nesse sentido vejo que AVENTURA está intimamente ligada à SURPRESA. E se não estamos predispostos a enfrentar essas coisas, um relacionamento fica estancado em paradigmas pré-concebidos, seja social ou culturalmente determinados. Esses paradigmas nos dizem o certo e o errado, mas precisam ser desconstruídos para serem reconstruídos e assim nascer o paradigma que seja apenas do casal, onde a cumplicidade e outros quesitos passam a existir num outro lugar, de outra forma que não a socialmente vigente.
Parabéns pelo relato interessante e lúdico! :))
bjão

Anônimo disse...

criativa e sábia!!!!!

bjin